quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Retrospecto dos meses



Janeiro: férias, amigos novos, mãe, irmão, viagem, lugares legais, praia, novas paixões, familiares distantes e nova visão das coisas.

Fevereiro: continuação das férias em casa, revendo os amigos, saindo, brigando, mudando o meu caminho e encontro com o João, meu padrasto.

Março: mais decisões, volta as aulas na minha antiga escola, encontro com o meu irmão Rogério, despedidas, conversas, choros, compra da passagem, mudança para Uberlândia - MG, família e festa.

Abril: encontros e desencontros, projetos, desespero, familiares doentes, tristeza, nostalgia, azar, má sorte e papos pelo msn (amizade com escravos pantaneiros).

Maio: esperança, prova, resultado da Universidade, decisões, problemas, choro, mais problemas, revolta, aniversário, uns foda-se, família inútil, briga, caminhada, namoro a distância, bebedeira e truco.

Junho: desistindo da faculdade antes mesmo de começar, problemas, uma decisão definitiva, brigas, meu aniversário, o pior de todos, cunhada solidária, vinho, ligações, dormir, compra de passagem, volta para Cuiabá, dia dos namorados, tristeza, amor pela minha mãe e revendo amigos.

Julho: prova, cursinho, amigos, coisas mais suaves, algumas decisões, poucas ações e como de costume, problemas, principalmente familiar.

Agosto: fiquei doente, muito doente, aulas noturna, amizade colorida, momentos felizes, festa, morte, desespero, perda de um grande amigo, choro, aniversário, tristeza e os problemas persistem.

Setembro: vou me mudar novamente, depois do enem, fim do namoro, mais tristeza, mais choros e mais problemas, fiquei doente mais uma vez, cancelamento das aulas noturnas, estudos, foco, aniversário da minha mãe, coisas aparentemente melhor.

Outubro: decisões, vou para São Paulo, brigas, medo, insegurança, amigos, festa, aniversário do Jhou, prova do enem, dor de cabeça, arrumar as malas, ir ao shopping, chorar de rir, não querer partir, voo, finalmente em São Paulo, conversa pelo msn.

Novembro: prova, passei no vestibular, matricula, outros problemas apareceram, me apaixonei, fiquei doente, chorei, tomei injeçãoes, papo sério com um amigo, alguns conflitos, superação, felicidade, chuva, mais felicidade, estou enrolada com ele, estou em Atibaia, é definitivo, ele vem para SP, de volta para PG, pessoas brigando, falta de dinheiro , medo, quero minha mãe, saudade e ansiedade.

Dezembro: ele chegou, foi lindo! Oficialiazamos o namoro. Corinthians campeão, "aí que delícia!" Aproveitando cada momento, probleminhas, risos, sim, eu o amo, fome, sexo, remédio, 1 mês, comida finalmente, praia, sair, fotos, tristeza, ele se foi. Problemas, problemas e mais problemas aparecendo, superei, engoli sapos, dei banho em um cachorro, fiquei sem comer, véspera da véspera do Natal (23), praia, calor, sol, suor, protetor solar, água doce, água salgada, areia, casa, véspera de Natal (24), praia novamente, mais calor e mais sol, torrando, fiquei vermelha, cor do pecado, ceia, tristeza, nostalgia, sentindo a ausência de duas pessoas, volta para casa, briga, choro, taquei o foda-se, dormi mal, falei com mamis, decicões, Natal (25), fiz as malas, sai de casa, me refugiei na casa de um amigo, fui para Atibaia, família, criança (1 ano e 2 meses), sorrisos, me sinto melhor, saudade esta grande, final de semana será a virada do ano, festa e bebedeira, sentirei falta dela (mãe), dele (namorado) e deles (amigos).

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pensamentos


Hoje, meu pensamento voou de encontro ao seu, mas no lugar dele encontrei você, em sua forma humana, sentado no escuro da noite em sua sacada, pensando, respirando, sobrevivendo. Quis te abraçar, mas não pude, afinal, era só o meu pensamento que estava ali, apenas te observei e ri, senti e vi você crescendo dentro de mim. Foi forte e bom.
Você andou até sua cama e eu estava lá, ao seu lado, deitada, você não me via e nem se quer imaginava que estaria ali, simplesmente sentiu e adormeceu. Te vi dormir, te vi sonhar, te vi sorrir.
O amanhecer já queria bater em sua porta, significando que a minha hora estava chegando, teria que voltar para mim, para a minha realidade longe de ti, teria que te deixar, eu não quis, resisti e chorei.
Estar ao seu lado era o que mais me importava naquele momento, porém uma força maior agiu em mim, eu voltei, estava em casa, sozinha, como todas as outras noites, dos meus olhos uma lagrima escorria. Eu queria ser única para você, queria fazer você acreditar nisso.
A lembrança de ter deitado contigo permanecerá em minha cabeça o resto do dia, a lembrança de algo que não aconteceu, a lembrança de um sonho, de um desejo.


Hoje, quando fui dormir, deitei e senti seu pensamento se deitando comigo, simplesmente senti, sorri e adormeci, com a certeza que você estava ali.

sábado, 5 de novembro de 2011

Vamos jogar um jogo?


Não somos nós que decidimos nada, apenas achamos que isso acontece. A vida brinca com a gente, com o que queremos, com os sentimentos e com os nossos sentidos. Chegamos ao limite muitas vezes, mas nunca paramos.
Nem sempre buscamos essas coisas, mas elas surgem e por quê? Para mascarar algo, para desenrolar outro nó ou simplesmente, para nos maltratar.
Como eu odeio a distancia, ela me impede de concretizar desejos, vontades, sonhos, de saciar a saudade, me impede de poder viver “isso” (que eu ainda não sei o que é), “isso” que eu só descobri ou só senti por causa dela. (agora eu te adoro dona distancia) ~inconstante eu? Mera impressão sua~
Brincalhona, brincante, esperta, malandra, não sei, só sei que ela (vida) brinca e joga comigo. Joga da forma mais suja, blefando e me enrolando, mas sinceramente, eu não ligo, eu até gosto e sabe por quê? Porque da um gostinho diferente a tudo, da UP nas sensações ainda desconhecidas, me da tesão, me da vontade de continuar e quem sabe um dia, eu ainda consiga vencer esse jogo, onde não há regras e nem macetes para vencer.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Apenas minha observação.


Quando o coração diz que sim, não adianta irmos contra e dizer que não, pois mais cedo ou mais tarde tudo acaba seguindo o percurso natural e aquilo que achávamos não querer que acontecesse, acontece, se tornando a essência dos nossos dias.


Hoje a noite (como todas as outras noites) eu quero te "ver" e mais uma vez pensar "Caraca, como eu adoro esse sorriso". Quero te deixar perplexo e sem saber o que falar. Quero te fazer ficar estático, apenas observando.
Quero apenas um encontro, o mais breve, se isso for possível.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma entre tantas ...

Essa é uma daquelas músicas que quando você gosta, não consegue parar de ouvir.
É uma daquelas que você se identifica totalmente com a letra e canta o mais alto que pode, só para mostrar para você mesmo que é bem isso que lhe acontece.
Ela se torna sua verdade, seu lema e seu modo de vida.
Enfim, chega de rodeios.

Quase sem Querer - Renato Russo
(Ainda prefiro ela na versão da Maria Gadú)


Tenho andado distraído,impaciente e indeciso.
Ainda estou confuso, só que agora é diferente,
Tô tão tranqüilo e tão contente.
Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira.

Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguem vê
E eu sei que você sabe.
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você estava chorando
E foi então que percebi
Como te quero tanto.

Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

domingo, 25 de setembro de 2011

Nenhum de nós


Um coração partido, lágrimas que escorrem pelos buracos de um rosto ferido, uma angústia que emergi pelas frestas de uma parede corporal e ainda há uma tristeza que consegue entrar pelo menor orifício possível.
A vida escorre pelas mãos, os olhos vermelhos de tanto sofrimento não respondem ao sorriso forçado que surge para esconder a verdadeira face, só quem não vê só o superficial que é capaz de enxergar a realidade e a intensidade do sentimento.
Às vezes a tristeza serve mais de inspiração do que a felicidade, parece que sentimos a necessidade de compartilhar a dor, o sofrimento e as agonias.
Uma olhada rápida no perfil de quem te magoou é o suficiente para trazer à tona todas as lembranças de um sonho acabado, sei que não há mais o que olhar, mais eu ainda insisto, na esperança de encontrar algo que mude essa realidade.
Sua indiferença me machuca, atingi o mais fundo possível, em você apostei todas as minhas fichas, depositei tudo aquilo que havia guardado, o meu mais puro e sincero sentimento, aquilo que considerava meu tesouro e você não deu valor.
Hoje, nada disso importa, sua vida seguiu como se nada tivesse acontecido, já a minha, teve que ser reconstruída. O mais engraçado é que sempre falamos que não vamos cair nessas armadilhas, podemos até fazer diferente, mudar de tática para não correr o risco, mas nunca estaremos livres da possibilidade.
Sei que prometi seguir em frente e assim estou fazendo, mas é impossível para mim deixar de olhar para trás ou simplesmente, esquecer tudo o que estava sendo construído.
É uma pena, eu sei, mas não quero pena de ninguém, eu fiz, eu errei, eu cai, mas me levantei, vou em frente, feliz ou não, isso não me importa, mas sim vivendo, isso sim, vivendo!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Apenas um sonho em uma realidade.


Eu dormia no sofá quando um barulho me acordou, olhei o relógio que marcava 16 horas. Estava meio atordoada ou tonta, não sei definir bem o que sentia, mas uma vontade de sair do apartamento me dominou, peguei meu celular, abri a porta e quando percebi estava subindo as escadas até o ultimo andar, é claro que em um prédio de 15 andares se tem um elevador, mas não vi necessidade de usá-lo, pois eu só teria que subir 5 andares e depois um breve escada que dava no terraço.
Quando finalmente estava lá em cima, observando a cidade, percebi que eu ainda estava com a roupa de dormir, um short curtinho rosa e uma camiseta grande, que quase tampava meu short, além de estar descalça e com frio. Um vento gelado cortava meu rosto e minha respiração parecia se acalmar aos poucos, como se estivesse desistindo de tentar me aquecer, os pêlos dos meus braços estavam arrepiados e uma sensação de tranqüilidade, serenidade e paz tomou conta de mim. Apesar do frio que estava fazendo, eu não pensava em sair dali.
O céu estava escuro, em um tom de cinza e com algumas nuvens em um tom mais claro, pássaros tentavam voar por ali, mas nem eles queriam se arriscar tanto, pois uma tempestade se formava logo adiante. Meus pensamentos voavam junto com o vento, meu coração batia em um ritmo acelerado, indo contra todas as sensações do meu corpo e minha cabeça martelava coisas de minha vida. Eu sentia que estava em um lugar estranho, não estranho para os meus olhos ou para as minhas memórias, mas para o meu coração. Finalmente percebi o que ele tentava me dizer com o bater descontrolado, era a saudade que estava ali, junto a mim e ao frio.
Eu olhava para o horizonte e filmes passavam em minha cabeça, sabia o que tinha de fazer e agora percebia que minhas pernas estavam tremendo, será o frio? Não, era por causa de um medo, um medo que não entendi o porquê da existência dele, mas eu tinha que sair dali agora. Uma lagrima escorria agora pelo meu rosto e eu tinha certeza pra quem ela era, mas não quis pensar no nome e nem em como é sua face, apenas a ignorei e desci as escadas lentamente, me apoiando no corrimão, até que finalmente cheguei ao apartamento, que também estava frio, pois eu esqueci a janela aberta, não liguei para esse detalhe, meu corpo já estava todo gelado mesmo.
Fechei os olhos olhando para fora e quando abri, percebi que estava no sofá e que ainda estava acordando, olhei para o relógio, marcava 16:15.
Tudo não passou de um sonho, mas meu coração ainda estava acelerado, uma lagrima secava lentamente em meu rosto e a saudade se fazia presente na sala.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Nostalgia


Daqui onde me encontro a noite esta quente e silenciosa, pela janela tento captar qualquer mínimo sinal de movimento que possa vir de fora, a rua ainda esta meio úmida, secando os vestígios do que foi uma chuva, parece não querer que nenhum automóvel ande por ela, querendo manter esse silencio que agora só é quebrado pelo cantarolar dos grilos.
Uma brisa leve voa entre as árvores, como se quisesse se comunicar com alguém, tudo parece ter sido milimetricamente planejado, a não ser pelo céu que ainda se mostra autoritário e esconde o brilho das estrelas e da lua, mantendo-se coberto por nuvens que estão em um tom avermelhado, um tanto sombrio para essa noite.
As luzes dos postes uma por uma vão se apagando, porque o amanhecer já se aproxima e entre a noite que ainda se estende pelas ruas, dividindo seu espaço com o clarear do céu, cachorros aparecem e parece que estão gostando de brincar por ali, mas aos poucos vão seguindo um rumo e sumindo de minhas vistas.
Hoje parece que será um dia bonito e quente, com o céu brilhando em sua melhor forma.

terça-feira, 10 de maio de 2011

S2


Eu só queria que vocês estivesse aqui agora ...

Tenho medo disso que estou sentindo, esta acontecendo tudo tão rápido. Meu medo é por estar acreditando em algo fantasioso, algo que não será minha realidade, mas ao mesmo tempo, anseio para que tudo isso passe cada vez mais rápido, pois só assim eu terei você. O medo e o desejo, se misturam e se fundem, formando um só sentimento, a paixão.
‘Coração apaixonado é bobo!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Despedida


Bem pessoal, como já sabem agora é definitivo, vou embora para minha terra natal. Deixarei uma parte da minha família, todos os meus amigos e com certeza, um enorme pedaço do meu coração aqui.
Agradeço por todos os momentos vividos em Cuiabá, esse lugar que me acolheu, que foi minha casa, onde fui criada, tudo o que vi e sei, consegui aqui.
Agradeço pelos meus amigos, que estiveram ao meu lado e aqueles que nem sempre puderam estar lá, só quero que saibam que todos têm um lugar especial em meu coração e nunca, esquecerei o que vivi nessa terra que faz o maior calor. Nem mesmo as dificuldades serão esquecidas e com certeza serviram para me ajudar a amadurecer.
Hoje me sinto feliz em dizer que morei em Mato Grosso, é a terra de pessoas hospitaleiras, pude aprender na prática o que é isso e amanhã mostrarei para aqueles que encontrar pelo caminho.
Não sei se posso dizer que estou feliz ou triste, mas sei que estou com os dois sentimentos e vocês sabem o porquê, alias, estou com uma pontada de medo também, o novo, o desconhecido sempre nos amedronta no inicio, não é mesmo?
Só peço, torçam por mim, que torço por todos que passaram pela minha vida, não guardo inimizades, mas mágoa não da para apagar, só o tempo cura essas marcas e acreditem, não influencia no carinho que tenho por vocês.
Sei que para alguns a minha ida será sofrida e saudade é inevitável, sinto todos os dias por ter que fazer isso, mas cada um segue o caminho que acha ser melhor, nada como arriscar.
Sinto por ficar longe da minha mãe depois de 17 anos tendo ela como meu porto seguro, minha amiga, meu exemplo, minha deusa. Sinto por ficar longe do meu irmão Jhou, apesar das brigas, eu o amo e nos tornamos tão amigos, companheiros e confidentes. Sinto por ficar longe da minha vovó, pois tenho certeza que ela sentirá tanto a minha ausência, pelas minhas tias, que junto com a minha mãe me educaram e criaram, oferecendo tudo o que era possível. Sinto por ficar longe da minha Pretinha, essa coisa fofa, linda, inseparável, minha filhinha e minha cadelinha assanhada. Sinto por ficar longe dos meus amigos do peito, de alma, aqueles que são como irmãos, mas que foi Deus que os colocou em minha vida.
Enfim, deixa eu parar por aqui, já esta ficando meloso demais.
Espero cada um de vocês em minha casa lá em Uberlândia. Beijos!

domingo, 27 de fevereiro de 2011


Não goste do amor, goste de quem te ame, alguém que te espere, alguém que te compreenda mesmo nos momentos de loucura. De alguém que te ajude, que te guie, que seja seu apoio, tua esperança, teu tudo.
Não goste do amor, goste de alguém que não te traia, que seja fiel, que sonhe contigo, que só pense em você, que só pense em teu rosto, na tua delicadeza, no teu espírito e não no teu corpo, nem em teus bens.
Não goste do amor, goste de alguém que te espere até o final, de alguém que sofra junto contigo, que ria junto a ti e enxugue suas lágrimas. Que te abrigue quando necessário, que fique feliz com tuas alegrias e que te dê forças depois de um fracasso.
Não goste do amor, goste de alguém que volte para conversar com você depois das brigas, depois do desencontro. De alguém que caminhe junto a ti, que seja companheiro, que respeite tuas fantasias, tuas ilusões. Goste de alguém que te ame.
Não goste do amor, goste de alguém que sinta o mesmo sentimento que você.



Autor: Desconhecido.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Partida


Depois de um tempo tudo acaba. Não que os amigos sejam esquecidos ou as coisas vividas sejam apagadas, mas a gente muda, as pessoas mudam e seguimos nosso caminho, fazemos o que temos em mente, colocando em prática nossos planos.
Mudamos de casa, de bairro, de cidade, de estado ou até mesmo de país. Buscamos o que queremos ou o que achamos que nos é melhor e fazemos da melhor forma que encontramos. Deixamos pessoas queridas e que realmente amamos, são alguns dos sacrifícios que encontraremos no caminho, mas a esperança de que seremos recompensados nos ajuda, pois estamos mudando algo.
O desconhecido sempre irá nos assustar, não sabemos o que encontraremos logo ali na frente, não sabemos com qual tipo de pessoa teremos que lidar. Deixar seu porto seguro, o lugar onde você cresceu, que conhece como sua casa, não é fácil. Afastar-se da família e dos amigos é a parte mais dolorosa, ficar longe daqueles que são seus, também não é fácil, mas quem disse que seria, não é?
Arriscar, essa é palavra, melhor tentar do que ficar com aquela duvida para sempre, é assim que penso e é assim que faço, sei que não será mais a mesma coisa, partirei deixando meu coração aqui e carregando as melhores lembranças da minha vida, sonhando com um futuro incerto, cheio de sonhos que anseiam por realizações.
Muito tempo passou desde a ultima vez, mas não terei medo, estarei em casa de certa forma, só sei que a magia de algo novo esta batendo em minha porta e não quero desistir ou deixá-la escapar, irei e prometo contar como o bater do meu coração vai estar.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O peso da camisa do Corinthians


Jogar no Corinthians é diferente. Não é como uma paixão adolescente descartável, tampouco uma daquelas certezas que possuíamos naquela época. É amor inconteste, é a alma gêmea com a qual sonhamos desde que a testosterona toma conta do nosso ser. Jogar no Corinthians é respeitar uma cultura, um povo, uma nação. É ter em conta que em cada segundo de nossas vidas é para servir a uma causa e não para dela usufruir. Jogar no Corinthians é como ser convocado para a guerra irracional e jamais duvidar que ela é a mais importante de todas as que existiram. É ser sempre chamado a pensar como Marx, lutar como Napoleão, rezar como o dalai-lama, doar a vida a uma causa como Mandela e chorar como criança.

Chorar de puros sentimentos, daqueles que arrepiam ao simples tocar da pele. Chorar de raiva inexplicável, quando sabemos que somos mais fracos e impotentes. Jogar no Corinthians é ser como todos os que nos assistem, é sentir a dor lancinante de estar longe dos que amamos, é ter certeza que ali, em campo, representamos muitos que lutam cada segundo para sobreviver no mais inóspito mundo, onde são a todo o momento agredidos, massacrados e cuspidos.

Jogar no Corinthians é ter coragem de enfrentar a massa, de colocar a cara para debater, discutir e explicar. Para jogar no Corinthians, não há espaço para passeios nem relax, o amor ao clube não deixa dormir. É uma honra infinita e, como tal, exige respostas, exclama respeito e compromisso. Jogar no Corinthians é saber o que é ser brasileiro, é alimentar uma família e a si mesmo com um mísero tostão, é andar horas, séculos, milênios em vagões imundos e porcos, sem que uma única voz se levante para nos proteger ou ao menos nos defender. Jogar no Corinthians é ir ao banheiro mais sujo do mundo por amor a uma bandeira.

Essa paixão não permite fugas, esconderijos, falsidades. É necessário ter coragem de representar o que de mais rico nós temos e de apresentar mais que atestado de bons antecedentes. Jogar no Corinthians é possuir uma declaração de honraria, ainda que seja válida por poucas semanas. Não é só suar a camisa, é sangrar até a morte. É parar de respirar quando uma derrota nos derruba sem direito a desfibrilador algum. É nunca rir da desgraça que provocamos (até porque jamais saberemos o tamanho dela).

Jogar no Corinthians é colocar alma e coração antes do bolso ou do futuro, e colar o supercílio com uma cola qualquer quando ele se mete a chorar de dor vermelha. Jogar no Corinthians é adormecer com o filho querido, é sentir o pulsar de seu pequeno coração, é abreviar a dor quando ela se estabelece. É saber o que é a sociedade no pleno sentido da palavra.

Espera-se de quem joga no Corinthians uma postura altaneira e respeitosa, uma correção de conduta em relação aos anseios do povo que lá os coloca, endeusa, acaricia. Uma nação que tudo oferece aos jogadores que possam retribuir a confiança. Jogar no Corinthians exige um sentimento de brasilidade, de reconhecimento da extrema miscigenação existente nas arquibancadas, em cada mesa de bar, nos ônibus lotados de suor e sofrimento, para que se consiga responder às questões básicas colocadas na camisa alvinegra. Ser corintiano é, como disse o extraordinário Toquinho, “ser um pouco mais brasileiro”. Eu, por outro lado, digo: negros e brancos construindo uma nação.

Nada se compara ao Corinthians nesta terra chamada Brasil. Aqui, japoneses, árabes, mongóis, siberianos, italianos, bolivianos – além dos nordestinos – e até os originários de estados rivais se irmanam, dão-se as mãos, sofrem em comunhão. Gritam em êxtase a cada vitória por menos importante que seja, como se cada vizinho fosse mais que irmão, pai, mãe. Ou, quem sabe, ele seja realmente um representante de suas famílias distantes ou ausentes, inventando uma nova e substituta, formando uma gigantesca rede de genomas humanos com o mesmo DNA. Muitos não entendem a reação da torcida, mas é a que conhece.

Antigamente, se jogavam ovos e tomates nas péssimas apresentações artísticas. Hoje, jogam-se pedras, não nos artistas, e sim na falta de verdade na relação existente. E na instituição protegida pela armadura de um ou mais veículos e da guarda policial.


Por: Sócrates é comentarista esportivo, foi jogador de futebol do Corinthians, entre outros clubes, e da seleção brasileira.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/o-peso-da-camisa-do-corinthians

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

É preciso ...


Sabe quando você esta rodeada de pessoas e sua vida esta sempre animada, mas no fundo é como se você estivesse só no mundo e sem ter o que fazer? Sim, eu sei que isso é clichê, é comum ouvir as pessoas dizerem, mas é incrível o tanto que essa situação pode se tornar real. Muitas vezes não queremos aceitar, fingimos estarmos bem, realizados e completamente felizes, mas sabemos que estamos vivendo a felicidade dos outros e só sua alma sabe o quanto essa “felicidade” não faz parte de você, e de alguma forma, perceberá que tudo não passa de uma mentira.
Sentada aqui no chão do fundo da minha casa pensei sobre isso, olhando para a lua, esses pensamentos invadiram minha mente, sei que ouvi algo sobre drogas no rádio e um carro na rua tacava algo sobre amores, já no meu quarto, em frente ao computador minha mãe e minha avó riam das fotos tiradas na ultima viagem e se perguntavam como nós jovens temos coragem de fazer tantas coisas, pois para elas é tudo tão radical. Sei que nem elas estão realmente satisfeitas com a vida que levam ou com os problemas que elas têm de enfrentar todos os dias, mas estavam lá, rindo do pouco que era oferecido.
Agora, no meu quarto ouço algumas músicas de Mr. Big, confesso que adoro o som deles e viajo ouvindo, entrando em um estado materializado por mim, se tornando único ao meu modo. Confesso também que não sei bem o que estou fazendo aqui, mas queria estar aqui, precisava estar.
Nos últimos meses a felicidade não esteve tão presente em minha vida, mas não reclamo, sei que é assim que tem que ser. Um amigo me disse certa vez que cada um tem sua história, que para cada pessoa o caminho é diferente e muitas vezes, a dor pode ser alta, acabei percebendo que é isso que faz a diferença na vida de cada um, o que viveu, o que aconteceu e mesmo que não aceitemos, o que sofremos é o principal, afinal, todos nós sabemos que é daí que tiramos boa parte do nosso aprendizado e crescimento.
É aí que voltamos à pergunta inicial, quem nunca se sentiu só assim? Acho que todos já tiveram seu momento de solidão em um mundo tão cheio, é assim que nos formamos e nós tornamos o que temos que ser, nada é um mar de rosas, nada é tão perfeito e nada é tão bom quanto à sensação de descoberta, descoberta do seu eu e do seu lugar nesse mundo.