segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Eu, você, nós.

O que mais me dói ao pensar na morte, é (tentar) imaginar passar a eternidade sem você. 
Dói tanto e tão naturalmente as lágrimas rolam pelo meu rosto. 
Dói tanto que uma angustia enorme toma conta de mim. 
Dói tanto e ao mesmo tempo me faz querer viver tudo tão intensamente com você. 
Cada dia é único, mesmo estando dentro de uma rotina. É maravilhoso, mesmo sendo simples. É radiante, simplesmente porque eu posso contemplar seu sorriso ou até mesmo quando não sorri, pois posso segurar na sua mão e ter a certeza de que é você quem eu quero. É você quem eu amo. É você quem complementa a minha vida e me faz ser a mulher mais feliz do (meu) mundo, pelo simples fato de olhar para mim e sem uma só palavra, dizer que sou única para você.
As pessoas erram. 
Erram quando dizem que é para sempre. 
Erram quando acreditam que alguém é o amor da vida dela. 
Porém, amam e quando amam, amam intensamente e amam muitas pessoas. Mesmo quando amam erram por achar que viveria com ela até o fim, mas são capazes de amar novamente e mais intensamente, até acertar na escolha da pessoa para passar o resto de suas vidas. 
Sou convicta na minha “escolha”. 

Eu te amo, meu menininho fugitivo da apae!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Seres sem Alma.

Zumbis. Seres depravados e depravantes. Eles que tem a carne morta, um corpo esquelético, com aqueles dentes deformados, assim como todo o resto de sua “vida”. Presos por toda a eternidade em sua sede de carne fresca, cheias de sangue. Perambulam sem destino e sem objetivo, querem você e tudo o que acompanha o seu corpo. Estamos todos presos a algo. Mortos. Em estado de putrefação da alma, do ser do intimo e do coração.
“Estamos fugindo, procurando abrigo para passar a noite, pois parar por mais tempo que isso em um lugar, é querer chamar a atenção dos corpos sem alma que se rastejam por aí. Procuramos mantimentos em supermercados e conveniências abandonadas, já não sabemos o que é comer uma comida fresca, feita na hora, os enlatados se tornaram o nosso maior, principal e único alimento. Não sabemos até quando vai dar para sobreviver nessas condições. Procuramos combustível, mas os postos estão secando, assim como tudo o que era vivo neste planeta. Pegamos uma estrada, não me lembro mais para qual cidade ela leva. Avistamos uma cidade, vamos (tentar) entrar. Há muitos carros parados na entrada/saída da cidade. Espere, o que é aquilo? Um trailer de lanches ativo? Tem um humano lá dentro! O que ele espera, que pessoas vão até lá comprar um cachorro-quente? O silêncio é demais. A desconfiança cresce. CORRAM, CORRAM, ELES ESTÂO VINDO! Fugimos novamente, sem a chance de procurar mantimentos ou combustíveis e os zumbis estão lá, se deliciando com o sangue alheio...”
Sonho maldito!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Tons.

Rotina rotineira. Final do inverno, quase início da primavera e mais parece que estamos no outono, não porque o clima esta ameno ou qualquer coisa do tipo, mas porque as árvores estão despencando suas folhas (como nós despencaremos sem vida um dia) e as que permanecem intactas, o tom é de um amarelo desbotado ou um bege sem tesão. Parecem sem vida, igual à rotina e igual ao coração de muitas pessoas. Cadê o verde, natureza? Cadê os tons vivos que mentalmente e aparentemente representam vida, vibração e beleza? Até esses tons estão apagados, como a alma daqueles que andam sobre essa superfície rochosa. Ouço gritos de socorro em cada olhar que cruza com o meu. Uns querem socorro financeiro, outros socorro amoroso, mas há uns especiais que desejam socorro espiritual. E o que posso fazer? Busque os tons vibrantes nos tons apagados da sua alma e descubra você mesmo o que pode ser feito e como dá para continuar em cima dessa superfície rochosa, sem cair bege e sem vida em cima da grama verde.

sábado, 11 de agosto de 2012

Estupides.

Um erro. Um “esporro”. Um momento de raiva. Uma decepção. São situações presentes diariamente em nossa vida. Como é fácil nos decepcionarmos com pequenas coisas, nos decepcionamos até com nós mesmos. Como é fácil passarmos raiva, principalmente quando somos confrontados, quando algo não é feto do jeito que queremos, quando uma coisa é dita e ela não nos agrada. Como é fácil dar e receber um “esporro”, todos estão prontos para julgar, criticar e falar mal. Se brincar, temos todos os tipos de “esporros” preparados e na ponta da língua, só para serem jogados na cara de quem acharmos merecer ou serem jogados na nossa cara, afinal, você não é só o caçador, há dias que se tornará a caça. Errar. Como é fácil. Humanos imperfeitos que não aceitam tal imperfeição. Cheios de si. Cheios de crenças, de superioridade. Cheios de “achismos”. Se colocam sempre em primeiro lugar, eu isso, eu aquilo. Não sei se seria mais fácil, mas penso que é mais “digno” acreditarmos que somos imperfeitamente perfeitos, cada um dentro da sua imperfeição, é capaz de agir na perfeição. Entretanto, querem acreditar que perfeição é não agir na imperfeição, abrindo mão do podem fazer de melhor, sem superioridade. Erram estupidamente! “Eu que já não sou assim, muito de ganhar. Junto às mãos ao meu redor, faço o melhor que for capaz, só para viver em paz.” (O vencedor – Los Hermanos) Me basta neste mundo de superioridade extremas, de achismos loucos e de comodismos internos, viver em paz dentro dos meus ganhos imperfeitos. “Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão.” ~ Vivemos uma mentira constante.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Alecrim

Um campo aberto. Árvores altas em alguns lugares. Um rio com queda d'água. Um abraço simples. Uma borboleta. Um indígena. Um amor. Uma união surpreendente e uma história sem fim. Uma metáfora mal feita em uma realidade apaixonante. Vivendo e Realizando. Vivendo a nossa realização. Boa noite!

terça-feira, 6 de março de 2012

Fantasia


Tic – tac, tic – tac, o relógio na parede do meu quarto canta. Eu deito na minha cama apreciando esse som, fecho os olhos e meus pensamentos voam para longe dali, encontrando vários rostos que não reconheço, a meia que esta no meu pé não o aquece e o gelar dos dedos me leva a um lugar idealizado em meus sonhos. O lugar é frio, a neblina começa a cobrir tudo quase que instantaneamente, os tons vivos e vibrantes se transformaram, tudo esta preto e branco.
Alguém passa correndo por mim e esse alguém sou eu. Estou vendo meu próprio reflexo em um sonho, onde aparentemente eu participo duplamente, isso é possível? Quem poderá dizer que não, afinal, se trata do meu sonho, minha mente comanda tudo. Pode chamar de fantasia, loucura ou insanidade não me importa.
São tempos difíceis, tudo parece estranho, algumas certezas carrego comigo, mas ainda me sinto confusa e não nego. Um sonho real (para mim), ainda sinto o gelar dos dedos. Não vejo mais as cores. Pessoas estranhas estão por perto, mas e eu? Eu estou correndo, desesperada, perdida, estou à beira da loucura e nada posso fazer.
Vejo um penhasco, uma brisa suave passar pelo meu rosto, jogando aos poucos meu cabelo para trás, sinto uma enorme vontade de pular, para poder desfrutar pelo menos um pouco daquela sensação de liberdade e quem sabe assim as coisas mudam para mim. Eu pularei. Eu pulei. Eu voei. Eu me libertei e por fim, eu acordei. Acordei, mas não sei onde estou, quarto estranho, pessoas estranhas, alguém toca em mim, novamente volto a dormir, não me importa mais nada agora, a verdade foi descoberta, todos os estranhos ali estão na mesma situação que eu. Estamos todos mortos, finalmente.