terça-feira, 31 de agosto de 2010

Palavras, apenas palavras ...


Não há palavras. Não há passa tempos. Não há soluções, só há dor! A dor é inevitável quando se trata de morte, mas o sofrimento é opcional por aqueles que perdem.
Todos se unem, a família que a muito tempo não se via junta se reúne, as noites são passadas em claro e a imagem de um corpo completamente sem vida no chão de uma casa permanecem em minha mente.
Já falei sobre amores, dores, sorrisos, mundos paralelos, mundos imaginários, amizades, buscas, falsos amigos, distância e saudade, mas nenhum desses assuntos se compara ao turbilhão de sensações, emoções e pensamentos que a morte trás, nada se iguala a saudade, a perda e ao sofrimento que isso causa.
Para dizer a verdade eu não queria escrever, mas uma necessidade de colocar tudo para fora acaba sendo mais forte. As pessoas chegam até mim e perguntam como estou, as palavras saem sozinhas e são da boca para fora, pois o fato das palavras soarem um ‘Estou bem’ não quer dizer que eu esteja. O aperto no meu peito continua, as lembranças se chocam com os meus pensamentos e a minha cabeça esta a mil.
Eu tento disfarçar, tento parecer forte, tento ajudar minha família, mas não da, por enquanto não da, pois o fato de ser recente só torna o fardo mais pesado. O cemitério não me parecia um lugar tão ruim assim, mas isso porque não tinha motivos para ser. Até agora eu não acredito que você se foi, meu avô, meu pai, meu exemplo, meu homem, meu amigo ...
Já se passaram 7 dias e eu ainda sonho com o dia da sua volta, por mais impossível que isso seja, o sonho continua presente em mim. Apesar de nunca ter dito diretamente para você ou pelo menos não me lembro de dizer, Eu Te Amo Vovô!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vovô


A perda de um ente querido é sempre dolorosa, mas a perda daquele que foi seu único modelo de pai durante sua infância toda é ainda pior. Não há muito o que dizer nesse momento, mas uma coisa posso afirmar, dói muito presenciar a morte de alguém que você ama e o pior, não chão da sua casa.
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Palavras ao ar


A princípio peguei o lápis para escrever algo bonito ou importante, mas ao me ver diante do caderno as palavras se embaralharam e não sei bem o que vai sair daqui, então peço para que não liguem se o que lerem aqui não fizer nenhum sentido para você.
Eu queria falar um pouco mais sobre mim ou da minha vida, mas para ser sincera não sei se ajudaria. Hoje, quando eu olho para trás e vejo toda a minha trajetória, as minhas incertezas, os meus medos, os meus amigos. Amigos. Gosto de falar disso, pois me faz ver quem realmente são eles.
Tenho pessoas especiais ao meu lado, pessoas com quem posso contar, mas também tenho aqueles que pensei que poderia confiar e no final estava enganada. Enfim, eu só quero colocar em evidência alguns nomes, que são daquelas meninas, as super garotas ou as meninas más. Nani, Gio, Érica, Mone, Alana – são tantas confidências, muitos papos, muitas zuações. É claro que tem mais nomes, mas essas, essas sim são fundamentais em minha vida e não me vejo sem elas ...
Ahh, outra coisa, esse dias vi que assim como não me vejo sem essas praguinhas, elas também não se vêem sem mim, pois logo que voltaram das férias muitas delas vieram até mim querendo desabafar e até pedir conselhos, me senti importante e melhor, senti que posso ajudar as pessoas da minha forma.
Sabe, queria mudar o mundo, mas sozinha sei que não sou capaz. Só que não custa nada tentar e fazer minha parte, faço do meu jeito e da forma que tenho mais intimidade, o meio de comunicação é a minha arma.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ainda sinto falta ...


Hoje vi algo que me fez pensar e de alguma forma me sensibilizou de um tanto que até a tristeza chegou perto de mim. Ao sair da escola tudo parecia normal como todos os dias e na verdade era, até eu ver uma cena que mexeu com meu coração.
De dentro do ônibus vi uma menina em frente de uma escola, logo em seguida seu pai chegou e ela entrou no carro, os dois se abraçaram, carinhos e beijos rolaram soltos lá, os dois estavam mostrando o quanto ambos são importantes e o quanto eles se amam, um amor puro e digamos que seja um dos mais sinceros que exista.
Eu sei o que devem estar se perguntando, o que isso tem demais? Para muitos nada, mas para mim tem sim, pois para quem não sabe eu nunca tive isso, praticamente desde o dia em que nasci não tive meu pai por perto. Meus pais se separaram logo depois do meu nascimento e aos meus três anos de idade mudamos de estado, passando a ver meu pai apenas uma vez por ano, isso quando o via.
Para mim isso já se tornou normal, mas as vezes isso me incomoda, pois quem não queria ter o pai por perto, para que cenas iguais a que eu vi acontecessem mais, só que infelizmente, nunca aconteceu comigo e nunca acontecerá!
Sabe o que realmente me incomodava quando eu estava no primário? Não era não ser buscada pelo pai, pois eu sempre tive minha mãe e se sou isso hoje é graças a ela, que desde sempre me ensinou a seguir com as minhas pernas, a pensar antes de agir, de ter consciência dos meus atos e de arcar com minhas responsabilidades, enfim, o que eu sentia falta era de ter um pai para entregar as lembranças que todos os anos fazíamos para os pais no dia deles. Sabe o que é ver os pais de todos os seus colegas de classe e você se perguntar e ouvir as crianças perguntando, cadê o seu pai Bru?
Por sorte eu tinha o meu avô, não era como ter um pai, mas com certeza foi e é melhor que não ter nada, só que meu avô nunca foi muito de carinho, no máximo um abraço e acabou.
Enfim, eu sinto falta disso, pois é algo que nunca será preenchido e hoje eu me sinto triste, pois tenho certeza de que sou carente de amor paterno. Então, não se assuste se você for um daqueles que desejo amar, para que possa ser amada e quem sabe assim, possa ocupar um pouco desse vazio que ficou em mim.
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sábado, 7 de agosto de 2010

O sonho de um encontro


Alguém já amou a distancia? Já sonhou tanto com um encontro? Já se perguntou por que as pessoas legais moram longe? É tão bom saber de você, mas não posso ouvir as noticias cara a cara. É divertido ver como nos damos tão bem, mas não podemos dar gargalhadas pessoalmente e é tão bom saber que tenho seu carinho, respeito e admiração, mas ainda não posso te dar um abraço de agradecimento.
Saber da sua existência já é algo importante para mim. Lembro todos os dias de você, olho para o nada e lá te vejo, imaginando a gente perto, cada um sentindo o perfume do outro. A cada momento que passamos teclando me convenço de que não me enganei ao seu respeito, sobre seu caráter e sobre nossas vidas se cruzando.
Acredito que tudo tem um porque, só que ainda não descobri o porquê da nossa história, mas muitas vezes o melhor que podemos fazer é sentir, sentir o momento, sentir a emoção, sentir esse sentimento que aflora dentro de nós.
Não penso nunca em desistir de você, de nós ou da nossa amizade. Hoje, já fiz do nosso encontro uma meta e sei que você vai lembrar do tanto que desejamos isso. Te quero perto de mim, mas eu tenho que aceitar viver sem teu olhar, tenho que resistir.
Se fosse possível ter uma maquina de teletransporte, eu teria, faria o tempo parar para fazer tudo acontecer, para darmos a nossa tão espera volta na praia, nosso luau ao pôr do sol, os nossos denguinhos e declarações a beira mar.
Ainda tenho medo de tudo isso, pois tudo aconteceu em tão pouco tempo e as circunstâncias podem apagar tudo. Tenho medo de te perder e é tão redundante dizer isso, pois como vou te perder sendo que nunca te tive de verdade, mas o que sinto é tão puro, que é como se eu já estivesse ao seu lado, como se eu pudesse sentir o calor do seu corpo em meus braços a cada abraço.
É impossível não sonhar, mas ao mesmo tempo é tão ruim alimentar isso como ilusão, pois nada do que planejamos pode realmente acontecer e é disso que temo, pois quero fazer tudo acontecer, quero te esperar, quero te ter, sem cobranças e nem arrependimentos, afinal, por pior que seja a distancia, eu te adoro e não sou capaz de apagar isso por medo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Céu


Estou me sentindo fraca, com o coração apertado, dizem que ando estranha, talvez distante da realidade, mas eu não sei bem o que pode estar acontecendo, não sei se isso é bom e se tem volta, mas tenho certeza que muita coisa ainda esta por vir, algumas boas e outras nem tanto assim.
O que posso dizer é que agora, nesse atual momento me sinto bem, não em paz, mas bem. Depois de tudo o que aconteceu, depois de todas as falsas expectativas e das falsas esperanças, consigo olhar para frente e seguir sem medo. Mas nada do que eu faça tirará as marcas que ficaram cravadas em minha alma, nada do que eu diga amenizará qualquer vontade de chorar e só me resta viver, não tão inocente quanto antes e nem tão realista quanto agora.
O trauma ficará para sempre comigo, os dias passarão e eu me lembrarei cada vez menos, mas nunca serei capaz de apagar isso dos meus pensamentos, afinal, eu queria ver. Eu vi! Realmente tive certeza, mas sinceramente, depois que vi preferi não ter visto, não queria ter confirmado o que já pensava ou o que já acreditava ser verdade. Mas, o bom é que agora as cartas estão na mesa, não há mais como esconder, não há como disfarçar e não há mais o que temer.
É por isso que as pessoas sempre dizem que nem sempre a verdade é agradável, pois em vez dela acariciar seu rosto, como uma brisa leve da primavera, ela vem como uma pontada no estomago, como o fogo que não tem dó de queimar. Mas, quem disse que podemos parar por ai, a vida continua, os cominhos ainda estão por ai para serem seguidos, não há como parar o tempo, para se recompor, pois sempre depois da tempestade, vem o céu azul e limpo.
Hoje parei para ver o céu e ele esta abrindo, o tempo começa a clarear lentamente, da escuridão da noite passou para o acinzentando do anoitecer. Agora tenho que esperar e continuar minha caminhada e a esperança sempre me acompanha.