sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Retrospectiva


Acabou, mas esse não é o fim. Agora é o início de um novo ciclo, decisivo e duradouro. E quando este acabar, algo novo se iniciará. É assim, ciclo após ciclo, sempre havendo uma ligação. Não há o que temer com relação ao futuro. Quem teme o que está por vir nunca terá coragem suficiente para prosseguir. O jeito é ir em frente, no final de cada trajetória terá uma nova estrada, onde novos caminhos serão traçados, novas pessoas encontradas, novos amigos feitos, novas brigas e discordâncias acontecerão, tudo servirá para marcar as fases, os ciclos.
É claro que não dá para simplesmente esquecer o passado, se somos alguém hoje é devido às escolhas feitas antes. Cada pessoa que entra em sua vida, cada medo, problema, barreira, risos, festas, choros, tudo te molda, te faz ser o que é. Fazem parte da sua criação, do que você será, do que se transformará.
A saudade de tudo o que nos aconteceu sempre teremos, não dá simplesmente para apagar o que fomos e o que vivemos, é claro que os momentos difíceis, serão lembrados poucas vezes, afinal, eles serviram para acertamos os nossos erros, mas os felizes, esse sim serão recordados com lágrimas e com aquele famoso aperto no coração. Alguns dos que foram seus amigos se distanciarão e só as fotos poderá ajudar a relembrar de como foi maravilhoso tê-los do seu lado, de como cada ida ao shopping era única e extremamente divertida.
O segundo passo é o reflexo do passo anterior. Uma questão de ação e reação. Um ano seguinte é dependente de seu antecessor. Cada ato deixa marcas, positivas ou negativas, estampadas. São as conseqüências que temos por cada decisão tomada, por impulso ou consciência, que arcamos.
Tivemos atitudes e nos posicionamos quanto ao mundo que nos cerca nesse curto período de 12 meses. Curto sim, se analisarmos quanto tempo tem a Terra ou o universo, e é tão grande perante a vida de uma simples borboleta. Assumimos necessidades, renunciamos as vontades e colocamos nosso futuro em jogo, como num jogo de xadrez. Sabemos que tudo o que ontem e hoje foram feitos terá um impacto, mas não sabemos como, quando ou até mesmo onde será.
Partidas e chegadas ocorrem a todo o momento, em todos os lugares do mundo. Uma ocorre em conseqüência da outra. A verdade é que quando corremos em prol de algo, não podemos, até mesmo porque não conseguimos esquecer o que houve. As marcas, positivas ou negativas, sejam elas amizades ou discordâncias, estarão sempre ali, estampadas, seja noite ou dia, perdurando por todos os anos de nossa vida, ou quem sabe de outra, se ela existir.
Um retrospecto de tudo nós fazemos a cada final de ano, pois a certeza de que novas coisas passaremos nunca nos abandona. Lembrar de 2010, é lembrar de amigos, provas, ralação, brigas, choros, encontros, desencontros, amores e desamores. É lembrar de festas, de noites passadas em claro na casa de algum amigo, sentados formando uma roda, cheia de assuntos, risadas e “putarias” ou de noites passadas em claro estudando para aquela prova que tanto me deixou preocupada, mas é claro que no final tudo valeu a pena, todo o esforço e sacrifício, e só agora vemos os resultados.
Por fim, quero ressaltar que tudo que somos hoje um pedaço do que todos os que passaram em nossas vida representaram para nós. Não temer o futuro é fundamental para o crescimento do ser e da alma, mas esquecer o passado é querer dizer que você não tem história para ser contada, não tem experiência a ser compartilhada e não tem momentos pelo qual vale à pena perder uma tarde relembrando.
Viva, relembre, chore, curta o retrospecto feito por você e não se esqueça de que ninguém é tão alguém que não precise de ninguém!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Mude...


Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa, mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por um tempo o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente pela praia ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama, depois, procure dormir em outra cama.
Assista a outros programas de TV, compre outros jornais, leia outros tipos de livros.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia em uma outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas
cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
TENTE!
Busque novos amigos. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome um novo tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado, outra marca de sabonete, outro creme dental, tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
MUDE!
Lembre-se de que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa se possível sem destino. Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores de que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
SÓ O QUE ESTÁ MORTO NÃO MUDA!


Corrigindo ...
Autor: Edson Marques.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

:)

O outono toca realejo
No pátio da minha vida,
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida...

Tristeza? Entanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
de carícia a contrapelo...

Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma.
... mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte alguma


Autor: Mario Quintana

^^'

Não macule meu silêncio.
Ele é sagrado tanto quando minha solidão.
Respeite meu jeito de sentir e ser, pois respeitarei sua individualidade, mas acariciarei sua amizade.
Não perca tempo com mesquinharias, não serei atenta ao irreal.
Meu sangue pulsa, meus olhos brilham ...
Tenho um coração!


Autora: Cida Luz

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Uma singela homenagem ...


Ufa! Três anos se passaram e agora temos direito de selar de uma forma especial.

Após muita leitura nas aulas da Lui, muita tensão nas provas de Biologia e Química, algumas contas insuportáveis nas aulas de Matemática e 400 horas de Estágio Obrigatório aqui estamos nós. Concluímos mais uma etapa de nossas vidas. Entre lutas e discussões nos salvamos. Foram vários finais de semanas perdidos, noites sem dormir, refeições mal feitas, dias inteiros passados na escola e broncas de professores por não ficarmos quietos.
Estudar no Cefet foi intenso, inexplicável e incomparável. Assim foi esse tempo em que estivemos unidos. Um período no qual descobrimos o mundo: estudamos, brincamos, aprendemos, sorrimos todos juntos, alunos, funcionários e professores. Vivemos intensamente muitos momentos alegres, produtivos, positivos e inesquecíveis. Momentos esses que sabemos que permanecerão em nossas vidas, como uma marca muito agradável em nossos corações. Cativamos e fomos cativados.
Responsabilidades aprendemos a ter. Responsabilidade com nossas palavras, com nossas atitudes, com toda a nossa vida. Responsabilidade, ao contrário do que muitos dizem, é liberdade. Liberdade de escolher nosso próprio caminho e de defender de maneira racional interesses em prol da coletividade, pois tivemos verdadeiras lições de uma arte chamada companheirísmo. Liberdade de trilhar veredas possíveis e impossíveis. Escolher o destino. O futuro. Nossa escola nos preparou para isso. O que somos hoje é, em grande parte, fruto do caminho percorrido.
Tivemos a oportunidade de conviver com todos os tipos de pessoas. Dentre elas, muitos alunos destacaram-se. Alguns como questionadores, outros pela capacidade de expressão e liderança, outro pela organização e pontualidade. Há também aqueles que foram verdadeiros exemplos de dedicação e persistência. E como não poderia faltar, aqueles responsáveis por alegrar todas as aulas e motivar os amigos.
Ahh, as amizades… Essas, não precisamos nem comentar, pois sem dúvida são sinceras repletas de carinho e dedicação. E a todos esses queridos amigos com quem não conviveremos mais diariamente nessa nova fase da vida, só temos a dizer muito obrigado. Até mesmo nos momentos de adversidade, aprendemos. Aprendemos a ser mais humildes e a trabalhar em equipe.
Portanto, se durante esses três anos você não quis pular na piscina escondido, matar uma aula, pedir para o professor tirar sua falta, aprender a jogar truco, responder aquela pergunta, só para dar um de “nerd”, conversar durante a aula, tomar bronca, sentar na cantina para tomar coca-cola ou simplesmente, para ficar conversando, perdeu! Agora, se você fez tudo isso e com muito orgulho, curta a saudade, reencontre os amigos e professores e lembre-se que essa foi uma das melhores épocas da sua vida. Pois os momentos e as pessoas são únicos.
O mais importante na escola que estamos deixando agora não são os conteúdos estudados e eventualmente aprendidos, embora eles bem sejam úteis, muito menos as notas, este câncer que insiste em permanecer nas escolas. O mais importante foram às amizades que nós construímos aqui, as alegrias e também as tristezas partilhadas, as competências desenvolvidas no ato de viver em colaboração e de agir com solidariedade.
Para finalizar, gostaria de enfatizar que esse momento não é um momento de tristeza porque estamos nos despedindo. Esse é um momento de reflexão e de aceitação. De olhar para frente, é um momento de admitir que a vida de cada um de nós é feita de fases, afinal, tudo muda. O mundo muda e nós também mudamos. Amadurecemos. Não devemos nos entristecer porque as coisas acabaram, e sim agradecermos porque elas existiram. Aliás, nada aqui acabou, muito pelo contrário, esse é somente o começo, o ponto de partida para uma geração com vontade e disposição para mudar as coisas. Mudar a própria sina, mudar a realidade que nos cerca. Chegou à vez dessa geração, da nossa geração, mostrar para o mundo lá fora que tipo de ensinamento que recebemos. Chegou a hora e a vez de mostrar nossa cara, mostrar que o Cefet, pois sim, para nós será sempre Cefet, não é só uma escola, é também nossa casa.
Hoje agradeço profundamente por ter entrado aqui, pois tive a oportunidade de conhecer todos vocês e que por mais que não tenhamos intimidade com todos, é claro que jamais esqueceremos um dos outros, afinal esse três anos foram marcantes na vida de cada um e ficarão para sempre em nossas lembranças.
Se possível destacaria uma característica de cada um, mas não sei se conseguia dizer tudo, pois nada consegue resumir o que foram esse três anos convivendo com vocês. Só quero agradecer por todos os dias, por todas as histórias divididas, pelas rodas de truco, pelas colas nas provas e mais ainda, pela amizade de cada um, que com certeza guardaremos para sempre.
Sei que todos têm algo para dizer, pois a cada corredor, a cada banco, a cada beco e a cada metro quadrado da escola histórias foram construídas, todos temos uma época que marcou mais, um amigo que chamou mais atenção, uma festa que é sempre recordada. Enfim, falar de Cefet é falar de companheirismo, de amizades, de farras e de união.
Obrigada gente por tudo e se me perguntassem se eu gostaria de mudar alguma coisa nesses três anos, se trocaria de turma, eu diria que não com toda a certeza, pois com vocês os dias sempre foram os melhores, pois saber que a cada dia veria vocês e que poderia proporcionar novos sorrisos e histórias, não tinha e não tem preço.

Obrigada turma, obrigada 7631.3 A!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Por Enquanto


A ansiedade começa a tomar conta, um desejo que de longe percebe-se em mim, o querer já não é só um sonho e a realidade já não esta tão distante assim.
Vejo fotos e ouço comentários, mas o meu conceito ainda não esta bem formado, pois eu nunca vi e se vi, não lembro. Quero poder rir, contar histórias, dormir ou até mesmo chorar, tudo por estar ali, fazendo daqueles momentos eternos.
Em minha lembrança ficará para sempre, algo que não saberei explicar, os dias serão mágicos tenho certeza e as horas só de sacanagem passarão rápido, me obrigando a agir e a fazer tudo aquilo que planejei, a intensidade como tudo acontecerá não me assustará, pois foi assim que quis desde o dia em que decidir ir e conhecer.
A vista, o pôr do sol, a brisa, o caminho até a praia, a companhia, os coqueiros, a areia, as pessoas caminhando e o meu lindo sonho se realizando. Tudo parecerá inacreditavelmente arquitetado e moldado pelo destino, pelas escolhas feitas e pelo o carinho que foi sendo alimentado, antes mesmo de tudo acontecer.
Não sei como será depois e nem procuro pensar, sei que a vontade de permanecer lá se tornará maior, mas prefiro pensar que além do querer, será lembrar de todas as coisas vividas, dos amigos feitos, das músicas tocadas, dos abraços dados e dos beijos roubados.
E mais do que querer ver a praia, é querer te ver e isso sim, quero para sempre, ter vivo em minhas lembranças, como um fogo que nunca se apaga dentro de um coração apaixonado.