quarta-feira, 22 de junho de 2011

Apenas um sonho em uma realidade.


Eu dormia no sofá quando um barulho me acordou, olhei o relógio que marcava 16 horas. Estava meio atordoada ou tonta, não sei definir bem o que sentia, mas uma vontade de sair do apartamento me dominou, peguei meu celular, abri a porta e quando percebi estava subindo as escadas até o ultimo andar, é claro que em um prédio de 15 andares se tem um elevador, mas não vi necessidade de usá-lo, pois eu só teria que subir 5 andares e depois um breve escada que dava no terraço.
Quando finalmente estava lá em cima, observando a cidade, percebi que eu ainda estava com a roupa de dormir, um short curtinho rosa e uma camiseta grande, que quase tampava meu short, além de estar descalça e com frio. Um vento gelado cortava meu rosto e minha respiração parecia se acalmar aos poucos, como se estivesse desistindo de tentar me aquecer, os pêlos dos meus braços estavam arrepiados e uma sensação de tranqüilidade, serenidade e paz tomou conta de mim. Apesar do frio que estava fazendo, eu não pensava em sair dali.
O céu estava escuro, em um tom de cinza e com algumas nuvens em um tom mais claro, pássaros tentavam voar por ali, mas nem eles queriam se arriscar tanto, pois uma tempestade se formava logo adiante. Meus pensamentos voavam junto com o vento, meu coração batia em um ritmo acelerado, indo contra todas as sensações do meu corpo e minha cabeça martelava coisas de minha vida. Eu sentia que estava em um lugar estranho, não estranho para os meus olhos ou para as minhas memórias, mas para o meu coração. Finalmente percebi o que ele tentava me dizer com o bater descontrolado, era a saudade que estava ali, junto a mim e ao frio.
Eu olhava para o horizonte e filmes passavam em minha cabeça, sabia o que tinha de fazer e agora percebia que minhas pernas estavam tremendo, será o frio? Não, era por causa de um medo, um medo que não entendi o porquê da existência dele, mas eu tinha que sair dali agora. Uma lagrima escorria agora pelo meu rosto e eu tinha certeza pra quem ela era, mas não quis pensar no nome e nem em como é sua face, apenas a ignorei e desci as escadas lentamente, me apoiando no corrimão, até que finalmente cheguei ao apartamento, que também estava frio, pois eu esqueci a janela aberta, não liguei para esse detalhe, meu corpo já estava todo gelado mesmo.
Fechei os olhos olhando para fora e quando abri, percebi que estava no sofá e que ainda estava acordando, olhei para o relógio, marcava 16:15.
Tudo não passou de um sonho, mas meu coração ainda estava acelerado, uma lagrima secava lentamente em meu rosto e a saudade se fazia presente na sala.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Nostalgia


Daqui onde me encontro a noite esta quente e silenciosa, pela janela tento captar qualquer mínimo sinal de movimento que possa vir de fora, a rua ainda esta meio úmida, secando os vestígios do que foi uma chuva, parece não querer que nenhum automóvel ande por ela, querendo manter esse silencio que agora só é quebrado pelo cantarolar dos grilos.
Uma brisa leve voa entre as árvores, como se quisesse se comunicar com alguém, tudo parece ter sido milimetricamente planejado, a não ser pelo céu que ainda se mostra autoritário e esconde o brilho das estrelas e da lua, mantendo-se coberto por nuvens que estão em um tom avermelhado, um tanto sombrio para essa noite.
As luzes dos postes uma por uma vão se apagando, porque o amanhecer já se aproxima e entre a noite que ainda se estende pelas ruas, dividindo seu espaço com o clarear do céu, cachorros aparecem e parece que estão gostando de brincar por ali, mas aos poucos vão seguindo um rumo e sumindo de minhas vistas.
Hoje parece que será um dia bonito e quente, com o céu brilhando em sua melhor forma.