quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Lua Cheia


Em um dia desses de Lua cheia, a vida brilhava lá fora, mas aqui, uma nuvem escura pairava sobre mim. Não existia som algum, só o de uma tristeza estranha que habitava meu ser. Não havia ninguém, só eu e o teu espírito, que a cada dia unia-se a minha vida.
Eu não encontrava o brilho que todos diziam existir, mas uma coisa nunca me abandonou e depois da sua passagem se tornou mais forte e presente, o seu amor.
É estranho falar desse dia, pois eu não estava em mim, não encontrava motivos para sorrir e nem para festejar, como todos faziam. Estava de certa forma trancada em um mundo diferente, sentia muito medo e sabia que algo estava acontecendo longe dali, mas para mim estava perto o suficiente para me amedrontar.
Infelizmente, nada faz sentindo ainda, ninguém encontra palavras para explicar o que se passa comigo, nem eu mesma sei dizer, mas uma coisa é certa, aquele momento é meu, só eu sei o que passei, mesmo não sabendo explicar, o bom é que ninguém roubará isso de mim, pelo menos nisso ninguém terá acesso.
Já que minha vidinha particular é tão publica, o pior é que isso ocorre porque essas pessoas insistem em desvendar minha mente, querem entender o porquê dessas mudanças, mas o que todos não sabem é que eu mudo de fases como a Lua, depois da cheia vem a minguante, depois a nova e por fim a crescente, assim sou eu, assim é minha personalidade e assim é minha vida.

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