quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Infinito Horizonte


Em um desses momentos, aqui me encontro só, sem uma fatalidade para questionar, o mundo parece tranqüilo hoje, pelo menos onde me encontro está, até mesmo o movimento na rua está pouco, as pessoas estão mais paradas, talvez estejam cansadas de toda esse movimentação e pelo menos por algumas horas se desligaram da tomada.
A poucas horas atrás o sol estava a brilhar, agora a cidade está cinza. Um vento leve, frio e cheio de tristeza passa pelo meu rosto, consigo sentir a alma das pessoas passando por mim. Não ouço o som da vida livre, só de uma prisão externa. A brisa leve passa pelas árvores, mexem nas folhas e elas cantam para quem quer ouvir, um canto breve, simples e até um pouco harmonioso. O intrigante mesmo é que lagrimas caem lentamente do céu, dando origem a um cenário de vida inesquecível a quem observa. As lagrimas me purificam, pois me encontro correndo entre elas, meu vestido vermelho já está molhado, meu cabelo solto, gruda no meu rosto, me sinto mais leve. Mas ainda assim vejo a cidade cinza, parecendo sem vida e sem um motivo para brilhar novamente, pois coisas que jurávamos ter um destino totalmente definido mudam, batem a verdade na nossa cara e mostram que o futuro de todos é incerto, mesmo jurando ser certo.
O bom é que esse momento ficará gravado em minha mente, um momento raro, onde todos se encontram desligados, um momento meu com as lagrimas de purificação. Um momento que ficará fechado com chave de ouro e com a alegria de viver nesse infinito horizonte.

Um comentário:

Anônimo disse...

curti p'ra caramba,
vc escreve bem!!